Um fato raro chamou a atenção de moradores de
Araguaína, no Norte do Estado. Nasceram no Hospital Dom Orione (HDO), no último
dia 23, às 23h23, duas crianças indígenas gêmeas e albinas.
As meninas são filhas de Edite Arcakwyj Krahô,
residente na aldeia Morro do Boi, em Itacajá. Ela contou que o albinismo não é
mais novidade na família. Edite é mãe de outras seis crianças, e já tem uma
menina albina de cinco anos de idade.
A dona de casa Marilse Aparecida disse que quando
soube da novidade foi até o hospital conhecer as meninas. "Fiz questão de
tirar uma foto das duas. Elas são muito lindas, estou encantada", disse.
A pediatra Iva Moreira, que acompanha os bebês,
disse que esse caso é bem incomum, sendo a incidência mundial é de 1 para 20
mil. E explica que na cultura indígena, por muitos anos, as crianças que
nasciam com albinismo eram mortas nas aldeias. "Mas com o passar do tempo
a prática ficou para trás, graças a Deus, porque agora as gêmeas que nasceram
aqui vão crescer com os pais".
A médica destacou ainda que o
albinismo é um fenótipo genético e que para nascer filhos albinos o pai, a mãe,
ou familiares devem ser portadores do genes do albinismo. "As crianças não
possuem total ou parcial a melanina, coloração que dá cor a pele." As
gêmeas receberam alta ontem. (Glaucia Mendes)
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